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start-stop-daemon(8) dpkg suite start-stop-daemon(8)

NOME

start-stop-daemon - inicia e pára programas daemon do sistema

RESUMO

start-stop-daemon [option...] command

DESCRIÇÃO

start-stop-daemon é usado para a criação e término de processos de nível-de-sistema. Usando uma destas opções de correspondência, o start-stop-daemon pode ser configurado para procurar instâncias existentes de processos a correr.

Nota: A menos que --pid ou --pidfile sejam especificados, start-stop-daemon comporta-se de modo semelhante a killall(1). start-stop-daemon irá sondar a tabela de processos em busca de qualquer processo que coincida com o nome de processo, pid parente, uid, e/u gid (se especificado). Quaisquer processos correspondentes irá prevenir um --start de iniciar o daemon. A todos os processos correspondentes será enviado o sinal TERM (ou aquele especificado via --signal ou --retry) se for especificado --stop.Para daemons que têm filhos de vida-longa que precisam sobreviver a um --stop, você tem de especificar um pidfile.

COMANDOS

Verifica a existência de um processo especificado. Se tal processo existir, o start-stop-daemon não faz nada, e termina com um estado de erro 1 (0 se --oknodo for especificado). Se tal processo não existir, inicia uma instância, usando ou o executável especificado por --exec ou, se especificado, por --startas. Quaisquer argumentos dados após -- na linha de comandos são passados sem modificação ao programa que está a ser iniciado.
Verifica a existência de um processo especificado. Se tal processo existir, start-stop-daemon envia o sinal especificado por --signal, e termina com estado de erro 0. Se tal processo não existir, start-stop-daemon termina com estado de erro 1 (0 se --oknodo for especificado). Se for especificado --retry então o start-stop-daemon irá verificar se os processo(s) terminaram.
Verifica a existência de um processo especificado, e devolve um código de estado de saída, de acordo com as Acções do Script Init do LSB (desde versão 1.16.1).
Mostra informação de utilização e termina.
Mostra a versão do programa e termina.

OPÇÕES

Opções de correspondência

Verifica por um processo com o pid especificado (desde versão 1.17.6). O pid tem de ser um número maior que 0.
Verifica por um processo com o ppid (pid pai) especificado (desde versão 1.17.7). O ppid tem de ser um número maior que 0.
Verifica se um processo criou o ficheiro pidfile.

Nota: Usar esta opção de correspondência sozinha pode causar que se actue em processos intencionalmente, se o processo antigo terminou sem ser capaz de remover o seu pidfile.

Aviso: Usar esta opção de correspondência com um pidfile gravável mundialmente ou usa-la sozinha com um daemon que escreve o pidfile como um utilizador sem privilégios (não-root) irá ser recusada com um erro (desde versão 1.19.3) pois isto é um risco de segurança, porque ou o utilizador consegue escrever nele, ou se o daemon ficar comprometido, não se pode confiar no conteúdo do pidfile, e depois um programa privilegiado (tal como um script de init corrido como root) acabaria a actuar em qualquer processo do sistema. Usar /dev/null está isento destas verificações.

Verifica por processos que são instâncias deste executable. O argumento executable deve ser um nome de caminho absoluto.

Nota: Isto pode não funcionar como pretendido com com scripts de interpretação, pois o executável irá apontar para o interpretador. Tendo em conta que processos que correm dentro de uma chroot também irão corresponder, então poderão ser necessárias outras restrições de correspondência.

Verifica por processos com o nome process-name. O process-name é geralmente o nome de ficheiro do processo, mas pode ter sido modificado pelo próprio processo.

Nota: Na maioria dos sistemas esta informação é obtida a partir do nome de comunicação do processo a partir do kernel, o que tem tendência a ter um limite de comprimento relativamente curto (assumir mais de 15 caracteres é não-portável).

Verifica por processos cujo dono é o utilizador especificado por username ou uid.

Nota: usar só esta opção de correspondência irá causar com que seja actuado em todos os processos que correspondem ao utilizador.

Opções genéricas

Altera para grupo ou gid quando inicia o processo.
Com --stop, especifica o sinal a enviar aos processos a serem parados (predefinição TERM).
Com --stop, especifica que start-stop-daemon deve verificar se o(s) processo(s) terminam mesmo. Irá verificar repetidamente se qualquer processo correspondente está a correr, até que nenhum esteja. Se os processos não terminarem irá então tomar mais acções como determinado pelo agendamento.

Se for especificado timeout em vez de schedule, então agenda signal/timeout/KILL/timeout é usada, onde signal é o sinal especificado com --signal.

schedule é uma lista de pelo menos dois itens separados por barras (/); cada item pode ser -signal-number ou [-]signal-name, o que significa enviar esse sinal, ou timeout, o que significa esperar esses tantos segundos para que os processos terminem, ou forever, o que significa repetir o resto da agenda para sempre se necessário.

Se o fim da agenda for atingido e não foi especificado forever, então start-stop-daemon termina com o estado de erro 2. Se for especificada uma agenda então qualquer sinal especificado com --signal é ignorado.

Com --start, inicia o processo especificado por nome-de-caminho. Se não especificado, usa por predefinição o argumento dado a --exec.
Escreve as acções que seriam tomadas e define valores de retorno apropriados, mas não toma nenhuma acção.
Retorna o estado de saída 0 em vez de 1 se nenhuma acção foi (será) tomada.
Não escreve mensagens informativas, apenas mostra mensagens de erro.
Muda para este nome-utilizador/uid antes de arrancar o processo. Você também pode especifica um grupo ao anexar :, e depois o grupo ou gid do mesmo modo que faria com o comando chown(1) (user:group). Se for especificado um utilizador sem um grupo, é usado o GID primários para esse utilizador. Quando usa esta opção você tem de compreender que os grupos primário e suplementar são também definidos, mesmo que a opção --group não seja especificada. A opção --group é apenas para grupos em que o utilizador não é normalmente um membro dele (tal como adicionar sociedade de grupo por-processo para utilizadores genéricos tipo nobody).
Muda directório e chroot para root antes de iniciar o processo. Por favor note que o pidfile é também escrito após o chroot.
Muda directório para caminho antes de iniciar o processo. Isto é feito depois de chroot se a opção -r|--chroot estiver definida. Quando não especificado, o start-stop-daemon irá mudar o directório para o directório raiz antes de iniciar o processo.
Tipicamente usado com programas que não se desanexam deles próprios. Esta opção irá forçar o start-stop-daemon a bifurcar antes de iniciar o processo, e a força-lo para os bastidores.

Aviso: start-stop-daemon não pode verificar o estado de saída se o processo falhar ao executar por qualquer razão. Este é o último recurso, e destina-se apenas a programas que ou não fazem sentido a bifurcarem por si só, ou onde não é praticável adicionar-lhes o código para fazerem isto eles próprios.

Espera pelo processo nos bastidores que envie uma notificação de prontidão antes de considerar o serviço arrancado (desde versão 1.19.3). Isto implementa partes do protocolo de prontidão do systemd, como especificado no manual sd_notify(3). As seguintes variáveis são suportadas:
O programa está pronto a dar serviço, portanto é seguro sair-mos.
O programa pede para estender o limite de tempo em by number milissegundos. Isto irá reiniciar o tempo limite actual para o valor especificado.
O programa está a terminar com um erro. Faça o mesmo e escreva a string amiga-do-utilizador para o valor errno.
Define o tempo limite para a opção --notify-await (desde versão 1.19.3). Quando o tempo limite é atingido, o start-stop-daemon irá terminar com um código de erro, e não é esperada nenhuma notificação de prontidão. A predefinição é 60 segundos.
Não fecha nenhum descritor de ficheiro quando força o daemon para os bastidores (desde versão 1.16.5). Usado para objectivos de depuração para ver o resultado dos processos, ou para redirecionar os descritores de ficheiros para registar o resultado dos processos. Apenas relevante quando se usa --background.
Redireciona stdout e stderr para pathname quando força o daemon a funcionar em segundo plano (desde versão 1.20.6). Apenas relevante quando se usa --background.
Isto altera a prioridade do processo antes de o iniciar.
Isto altera a política de agendamento de processos e a prioridade dos processos antes de os iniciar (desde versão 1.15.0). A prioridade pode ser opcionalmente especificada ao anexar um : seguido de um valor. A predefinição de priority é 0. Os valores de política actualmente suportados são other, fifo e rr.

Esta opção pode não fazer anda em alguns sistemas, onde o agendamento de processos POSIX não é suportado.

Isto altera a classe de agendamento IO e a prioridade dos processos antes de os iniciar (desde versão 1.15.0). A prioridade pode ser opcionalmente especificada ao anexar um : seguido de um valor. A predefinição de priority é 4, a menos que class seja idle, então priority será sempre 7. Os valores actualmente suportados para class são idle, best-effort e real-time.

Esta opção pode não fazer anda em alguns sistemas, onde o agendamento de processos Linux IO não é suportado.

Isto define o umask do processo antes de o iniciar (desde a versão 1.13.22).
Usado quando se inicia um programa que não cria o seu próprio ficheiro pid. Esta opção irá fazer o start-stop-daemon criar o ficheiro referenciado com --pidfile e colocar o pid nele mesmo antes de executar o processo. Nota, o ficheiro só será removido quando se pára o programa se for usado --remove-pidfile.

Nota: Esta funcionalidade pode não funcionar em todos os casos. Mais notavelmente quando o programa a ser executar bifurca do seu processo principal. Devido a isto, é geralmente apenas útil quando combinado com a opção --background.

Usado para parar um programa que não remove o seu próprio ficheiro pid (desde versão 1.17.19). Esta opção irá fazer o start-stop-daemon remover o ficheiro referenciado com --pidfile após terminar o processo.
Escreve mensagens de informação detalhadas.

ESTADO À SAÍDA

0
A acção requerida foi executada. Se --oknodo foi especificado, é também possível que nada tenha de ser feito. Isto pode acontecer quando --start foi especificado e um processo correspondente já estava a correr, ou quando --stop foi especificado e não há nenhum processo correspondente.
1
Se --oknodo não foi especificado e nada foi feito.
2
Se --stop e --retry foram especificados, mas foi alcançado o fim do agendamento e os processos ainda estavam a correr.
3
Qualquer outro erro.

Quando se usa o comando --status, são devolvidos os seguintes códigos de estado:

0
Programa está em execução.
1
Programa não está em execução e o ficheiro pid existe.
3
Programa não está em execução.
4
Incapaz de determinar o estado do programa.

EXEMPLO

Inicia o daemon food, a menos que um já esteja a correr (um processo chamado food, a correr como utilizador food, com pid em food.pid):

 start-stop-daemon --start --oknodo --user food --name food \
   --pidfile /var/lib/run/food.pid --startas /usr/sbin/food \
   --chuid food -- --daemon

Envia SIGTERM para food e espera até 5 segundos para que pare:

 start-stop-daemon --stop --oknodo --user food --name food \
   --pidfile /var/lib/run/food.pid --retry 5

Demonstração dum agendamento personalizado para parar o food:

 start-stop-daemon --stop --oknodo --user food --name food \
   --pidfile /var/lib/run/food.pid --retry=TERM/30/KILL/5

TRADUÇÃO

Américo Monteiro

Se encontrar algum erro na tradução deste documento, por favor comunique para Américo Monteiro <a_monteiro@gmx.com>.

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