LOCALE::PO4A::TRANSTRACTOR.3PM(1) | User Contributed Perl Documentation | LOCALE::PO4A::TRANSTRACTOR.3PM(1) |
NOME¶
Locale::Po4a::TransTractor - extrator de tradução genérico.
DESCRIÇÃO¶
O objetivo do projeto po4a (PO for anything, ou PO para qualquer coisa) é facilitar traduções (e o mais interessante, a manutenção das traduções) usando as ferramentas do gettext em áreas em que não se esperava, como documentação.
Essa classe é o ancestral de todo analisador po4a usado para analisar um documento, para pesquisar strings traduzíveis, para extraí-las para um arquivo PO e para substitui-las por suas traduções no documento de saída.
Mais formalmente, ele leva os seguintes argumentos como entrada:
- um documento para traduzir;
- um arquivo PO contendo as traduções para usar.
Como saída, ele produz:
- outro arquivo PO, resultando na extração de strings traduzíveis do documento de entrada;
- um documento traduzido, com a mesma estrutura daquela na entrada, mas com todas as strings traduzíveis substituídas com as traduções encontradas no arquivo PO fornecido na entrada.
Aqui está uma representação gráfica disso:
Doc. de entrada -\ /---> Doc. de saída \ / (traduzido) +---> função parse() -----+ / \ PO de entrada ---/ \---> PO de saída (extraído)
FUNÇÕES QUE SEU ANALISADOR DEVERIA SOBRESCREVER¶
- parse()
- É aqui onde todo trabalho acontece: o analisador de documentos de
entrada, a geração de saída e a
extração das strings traduzíveis. Isso é bem
simples usando as funções fornecidas apresentadas na
seção FUNÇÕES INTERNAS abaixo. Veja
também a SINOPSE, que apresenta um exemplo.
Essa função é chamada pela função process() abaixo, mas se você escolher usar a função new() e adicionar o conteúdo manualmente a seu documento, você terá que chamar essa função você mesmo.
- docheader()
- Essa função retorna o cabeçalho que nós deveríamos adicionar ao documento produzido, coloca apropriadamente entre aspas para ser um comentário no idioma alvo. Veja a seção Educando desenvolvedores sobre tradução, do po4a(7), para o que isso é bom.
SINOPSE¶
O exemplo a seguir analisa uma linha de parágrafos começando com "<p>". Em nome da simplicidade, nós presumimos que o documento está bem formatado, ou seja, que as marcações "<p>" são as únicas marcações apresentadas e que essa marcação está exatamente no começo de cada parágrafo.
sub parse { my $self = shift; PARAGRAPH: while (1) { my ($paragraph,$pararef)=("",""); my $first=1; my ($line,$lref)=$self->shiftline(); while (defined($line)) { if ($line =~ m/<p>/ && !$first--; ) { # Não é a primeira vez que vemos <p>. # Colocar novamnete a linha atual na entrada, # e colocar o parágrafo compilado na saída $self->unshiftline($line,$lref); # Agora que o documento está formado, traduza-o: # - Remove a marcação no começo $paragraph =~ s/^<p>//s; # - envia para a saída a marcação no começo (não # traduzida) e o resto do parágrafo (traduzido) $self->pushline( "<p>" . $self->translate($paragraph,$pararef) ); next PARAGRAPH; } else { # Anexa ao parágrafo $paragraph .= $line; $pararef = $lref unless(length($pararef)); } # Reinicia o loop ($line,$lref)=$self->shiftline(); } # Não conseguiu uma linha definida? Termina com o # arquivo de entrada. return; } }
Uma vez que você tenha implementada a função de análise, você pode usar sua classe de documento, usando a interface pública apresentada na seção seguinte.
INTERFACE PÚBLICA para scripts usando seu analisador¶
Construtor¶
- process(%)
- Essa função pode fazer tudo que você precisa fazer com um documento po4a em uma chamada. Seus argumentos devem ser empacotados como um hash. AÇÕES:
- a.
- Lê todos os arquivos PO especificados em po_in_name
- b.
- Lê todos os documentos originais especificados em file_in_name
- c.
- Analisa o documento
- d.
- Lê e aplica todos os adendos especificados
- e.
- Escreve o documento traduzido para file_out_name (se fornecido)
- f.
- Escreve o arquivo PO extraído para po_out_name (se fornecido)
ARGUMENTOS, além dos aceitos por new() (com o tipo esperado):
- file_in_name (@)
- Lista de nomes de arquivos nos quais nós deveríamos ler o documento de entrada.
- file_in_charset ($)
- Conjunto de caracteres usado no documento de entrada (se esse não for especificado, usa UTF-8).
- file_out_name ($)
- Nome de arquivo no qual nós deveríamos escrever o documento de saída.
- file_out_charset ($)
- Conjunto de caracteres usado no documento de saída (se esse não for especificado, usa UTF-8).
- po_in_name (@)
- Lista de nomes de arquivos dos quais nós deveríamos ler os arquivos PO de entrada, contendo a tradução que será usada para traduzir o documento.
- po_out_name ($)
- Nome de arquivo no qual nós deveríamos escrever o arquivo PO de saída, contendo as strings extraídas do documento de entrada.
- addendum (@)
- Lista de nomes de arquivos nos quais nós deveríamos ler os adendos.
- addendum_charset ($)
- Conjunto de caracteres para o adendos.
- new(%)
- Cria um novo documento de po4a. Opções aceitas são (no hash passado como parâmetro):
- verbose ($)
- Define o detalhamento.
- debug ($)
- Define a depuração.
- wrapcol ($)
- The column at which we should wrap text in output document (default: 76).
The negative value means not to wrap lines at all.
Also it accepts next options for underlying Po-files: porefs, copyright-holder, msgid-bugs-address, package-name, package-version, wrap-po.
Manipulação de arquivos de documento¶
- read($$$)
- Add another input document data at the end of the existing array
"@{$self->{TT}{doc_in}}".
This function takes two mandatory arguments and an optional one.
* The filename to read on disk;
* The name to use as filename when building the reference in the PO file;
* The charset to use to read that file (UTF-8 by default)Esse vetor "@{$self->{TT}{doc_in}}" detém os dados desse documento de entrada como um vetor e strings com significados alternativos.
* A string $textline detendo cada linha de dados de texto de entrada.
* A string "$filename:$linenum" detendo sua localização e chamada
como "referência" ("linenum" inicia com 1).Por favor note que ele analisa nada. Você deveria usa a função parse() quando você acabar de empacotar os arquivos de entrada no documento.
- write($)
- Escreve o documento traduzido no nome de arquivo fornecido.
Os dados desse documento traduzido são fornecidos por:
* "$self->docheader()" detendo o texto de cabeçalho para o plugin, e
* "@{$self->{TT}{doc_out}}" detendo cada linha do principal texto traduzido no vetor.
Manipulação de arquivos PO¶
- readpo($)
- Adiciona o conteúdo de um arquivo, cujo nome é passado como argumento, ao PO de entrada existente. O conteúdo antigo é descartado.
- writepo($)
- Escrever o arquivo PO extraído para o nome de arquivo fornecido.
- stats()
- Retorna algumas estatísticas sobre a tradução
realizada até o mesmo. Por favor, note que não são as
mesmas estatísticas mostradas pelo "msgfmt --statistic".
Aqui, são as estatísticas sobre uso recente do arquivo PO,
enquanto o msgfmt relata o status do arquivo. Ele é um wrapper da
função Locale::Po4a::Po::stats_get aplicada ao arquivo PO de
entrada. Exemplo de uso:
[uso normal de um documento po4a...] ($percent,$hit,$queries) = $document->stats(); print "Nós encontramos de $percent\% ($hit de $queries) das strings.\n";
Manipulando adendos¶
- addendum($)
- Por favor veja o po4a(7) para mais informações sobre
o que são adendos e como tradutores deveriam escrevê-los.
Para aplicar um adendo ao documento traduzido, simplesmente passe seu nome
de arquivo para essa função e pronto ;)
Essa função retorna um inteiro não nulo quando há um erro.
FUNÇÕES INTERNAS usadas para escrever analisadores derivados¶
Obtendo a entrada, fornecendo a saída¶
Quatro funções são fornecidas para obter entrada e retornar a saída. Elas são muito parecidas com shift/unshift e push/pop de Perl.
* Perl shift retorna o primeiro item do vetor e solta-o do vetor. * Perl unshift preenche um item no vetor como o primeiro item do vetor. * Perl pop retorna o último item do vetor e solta-o do vetor. * Perl push acrescenta um item ao vetor como o último item do vetor.
O primeiro par é sobre entrada, enquanto ao segundo é sobre saída. Mnemônico: na entrada, você está interessada na primeira linha, que é o que o shift fornece, e na saída você quer adicionar seu resultado ao final, como o push faz.
- shiftline()
- Esta função retorna a primeira linha a ser analisada e a sua referência correspondente (empacotada como um vetor) do vetor "@{$self->{TT}{doc_in}}" e descarta estes 2 primeiros itens do vetor. Aqui, a referência é fornecida por uma string "$filename:$linenum".
- unshiftline($$)
- Executa unshift a última linha "shiftada" do documento de entrada e sua referência correspondente de volta para o cabeçalho de "{$self->{TT}{doc_in}}".
- pushline($)
- Envia uma nova linha para o fim de "{$self->{TT}{doc_out}}".
- popline()
- Volta, do fim de "{$self->{TT}{doc_out}}", a linha anteriormente enviada.
Marcando strings como traduzíveis¶
Uma função é fornecida para manipular o texto que deveria ser traduzido.
- translate($$$)
- Argumentos obrigatórios:
- Uma string para traduzir
- A referência dessa string (i.e. posição no arquivo de entrada)
- O tipo dessa string (i.e. a descrição textual de seu papel estrutural; usado em Locale::Po4a::Po::gettextization(); veja também po4a(7), seção Gettextização: como ela funciona?)
Essa função também pode levar alguns argumentos extras. Eles devem ser organizados como um hash. Por exemplo:
$self->translate("string","ref","type", 'wrap' => 1);
- wrap
- booleano indicando se nós podemos considerar que espaços em brancos nas strings não são importantes. Se sim, a função canoniza a string antes de procurar por uma tradução ou de extrair, e dimensiona a tradução.
- wrapcol
- the column at which we should wrap (default: the value of wrapcol
specified during creation of the TransTractor or 76).
The negative value will be substracted from the default.
- comment
- um comentário extra para adicionar ao registro.
Ações:
- Envia a string, referência e tipo para po_out.
- Retorna a tradução da string (como encontrado em po_in) de forma que o analisador pode compilar o doc_out.
- Manipula os conjuntos de caracteres para re-codificar as strings antes de enviá-las para po_out e antes de retornar as traduções.
Funções miscelânea¶
- verbose()
- Retorna se a opção de detalhamento foi passada durante a criação do TransTractor.
- debug()
- Retorna se a opção de depuração foi passada durante a criação do TransTractor.
- get_in_charset()
- Esta função retorna o charset que foi fornecido como o charset mestre
- get_out_charset()
- Essa função vai retornar o conjunto de caracteres que
deveria ser usado no documento do entrada (normalmente útil para
substituir o conjunto de caracteres detectado no documento de entrada,
onde ele foi encontrado).
Ele vai usar o conjunto de caracteres de saída especificado na linha de comando. Se não tiver sido especificado, ele vai usar o conjunto de caracteres do PO de entrada, e se o PO de entrada possuir o "CHARSET" padrão, ele vai retornar o conjunto de caracteres do documento de entrada, de forma que nenhuma codificação é realizada.
DIREÇÕES FUTURAS¶
Um problema do atual TransTractor é que ele não consegue manipular documento traduzido contendo todos idiomas, como modelos de debconf, ou arquivos .desktop.
Para resolver esse problema, as únicas alterações necessárias na interface são:
- pegar um hash como po_in_name (uma lista por idioma)
- adicionar um argumento para traduzir para indicar o idioma alvo
- fazer uma função pushline_all, que deveria fazer pushline de
seu conteúdo para todos idiomas, usando uma sintaxe tipo mapa:
$self->pushline_all({ "Description[".$langcode."]=". $self->translate($line,$ref,$langcode) });
Veremos se isso é o suficiente ;)
AUTORES¶
Denis Barbier <barbier@linuxfr.org> Martin Quinson (mquinson#debian.org) Jordi Vilalta <jvprat@gmail.com>
2024-07-02 | perl v5.40.0 |